Um teste simples, indolor e não invasivo que pode salvar vidas!
O teste do coraçãozinho pode até salvar a vida de bebês que nascem com defeitos cardíacos. O exame é na verdade, uma medição da saturação de oxigênio no sangue através de uma pulseira colocada no punho e no pé do bebê e que detecta problemas no coração antes mesmo de aparecerem sintomas. Geralmente, um a cada 100 bebês pode apresentar alterações cardíacas congênitas, com abertura nas paredes das câmaras do coração e defeitos nas válvulas do coração.
A descoberta precoce de problemas cardíacos congênitos é muito importante para a realização de cirurgias rápidas e precisas. Sem esse teste o bebê pode receber alta sem que as anomalias congênitas do coração fossem encontradas, o que poderia agravar sem auxílio médico.
Em algumas maternidades no Reino Unido, o teste do coraçãozinho possibilitou a detecção de 75% das alterações cardíacas. Juntamente com outros métodos pré e pós o nascimento, como ultrassonografia e ecocardiograma, a probabilidade de detecção subiu para 92%.
Fonte: Teste do Coraçãozinho
Atualmente, somente 38% das crianças portadoras de cardiopatia congênita têm atendimento no Brasil. Muitas destas crianças não atendidas falecem, sem nem ao menos terem recebido um diagnóstico a tempo de poderem ser tratadas.
Teste do Coraçãozinho - um teste simples, indolor e não invasivo que pode salvar vidas! O teste leva menos de cinco minutos e encontrou 75% das anomalias mais graves e em combinação com métodos tradicionais, 92% dos casos foram detectados. Enquanto alguns defeitos são inoperantes, avanços na cirurgia mostram que a maioria pode ser corrigida.
Um estudo com 20.055 recém-nascidos, publicado no periódico "The Lancet", mostrou que testar o nível de oxigênio no sangue é mais efetivo do que os outros métodos disponíveis anteriormente.
Nem todos os bebês que nascem com um defeito cardíaco mostram sinais ou sintomas, por isso alguns problemas podem passar despercebidos. Esta é uma pesquisa promissora que mostra como um teste rápido e simples pode ajudar a detectar mais defeitos no coração e fazer uma diferença real.
Em alguns casos, essas crianças precisam ser operadas com urgência, daí a vantagem do diagnóstico precoce, afirma o neonatologista Paulo Nader, da Sociedade Brasileira de Pediatria. O médico explica que é possível detectar sinais de problemas com os exames clínicos, observando se a pele do bebê está com a cor alterada (mais roxa) ou fazendo uma ausculta do coração, para ver se há "sopro". "Mas, às vezes, os sintomas só aparecem depois que o bebê recebeu alta", diz Nader. O teste de oximetria, que usa uma espécie de pulseira para medir a concentração de oxigênio no sangue, é uma forma de diagnosticar o problema antes da manifestação dos sintomas. “Assim, dá para encaminhar a criança para um tratamento ainda na fase inicial.”.
Outra forma de detecção precoce das malformações cardíacas é o ecocardiograma fetal, feito entre a 20ª e a 24ª semanas de gestação, afirma a neonatologista Rita de Cássia Silveira, da Sociedade Brasileira de Pediatria. "O exame detecta a maioria dos problemas no útero e programa o parto para um centro de cardiopatia pediátrica, se necessário."
A ideia dos médicos americanos é somar o poder de diagnóstico do ecocardiograma à triagem pela oximetria, para encontrar o maior número de casos possível. “As cardiopatias congênitas são as mais graves, e o diagnóstico precoce é importante para programar o tratamento.”
Arquivos: Teste do Coraçãozinho 1I Teste do Coraçãozinho 2